No Dia Nacional da Adoção, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) lançou uma cartilha para incentivar a adoção de crianças e adolescentes mais velhos, a chamada adoção tardia, e a adoção de crianças com deficiência ou doenças raras.
Intitulado Adote um amor, o material explica como é o processo de adoção, quem pode adotar, os custos para uma adoção, quanto tempo leva, entre outras das principais dúvidas de quem deseja adotar no Brasil. Atualmente, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cerca de 5 mil crianças estão na fila da adoção e existem cerca 35 mil pais interessados. Mesmo assim, existe uma dificuldade enorme de adoção no caso de crianças mais velhas ou com deficiência e por isso a fila não é zerada. Do total de crianças em abrigos para adoção, cerca de 25% são portadoras de deficiência ou de doenças raras.
No capítulo que trata da adoção tardia, a cartilha fala das especificidades desse tipo de adoção e ainda dá dicas de filmes e outros materiais em vídeo que contam histórias de adoção tardia de crianças e adolescentes, como forma de estimular os potenciais pais adotivos.
Atualmente, 55,6% dos pretendentes habilitados afirmam aceitar adotar crianças com alguma deficiência ou doença. Entretanto, apenas 5,36% desses pretendentes aceitariam adotar uma criança com HIV, 4,1% concordariam com a adoção de criança com deficiência física, e somente 2,5% se habilitaram para receber uma criança com deficiência física e intelectual.
Para a secretária nacional da Família, Ângela Gandra, qualquer projeto pessoal de adoção deve levar em conta uma escolha afetiva baseada no interesse da criança. “O projeto pessoal de um pai que quer adotar tem que ser um projeto do coração, no maior interesse da criança. Adoção não é uma feira que tu vai lá escolher. É uma abertura à vida como ela vem, a aceitação das crianças dentro das suas necessidades”, afirmou durante o seminário virtual sobre o tema.
Fonte: Agência Brasil