As festas juninas estão aí. Um dos momentos mais alegres do ano. Muito mais que o Natal e o Ano Novo. Tempos de alegria individual e coletiva, por causa dos dias de santo (Antônio, João e Pedro) – cujos folguedos e tradição o Nordeste soube muito bem espalhar para o resto do país – dos festivais folclóricos e das comidas típicas, que apesar dos preços exorbitantes do milho, do óleo de soja, por exemplo, ainda conseguem encantar os estômagos afeitos a elas.
Mas, é claro, que sempre bate uma saudade dos antigos festejos. E em homenagem a esses tempos que não voltam mais, mas que marcam e marcaram a infância e a circunstância de muita gente, dedico aos leitores dessa coluna a poesia a seguir:
CADÊ SÃO JOÃO ?
Cadê São João ?
Não o santo,
mas a festa
que tanto alvoroço
tanta animação
trazia aos corações
nessa época
Cadê as bem-vindas fogueiras,
que mesmo em quentes dias,
nos atiçava as brincadeiras
danças e festanças
de todas idades,
de todas infâncias
e de todas as alegrias ?
Cadê as comidas,
a fartança nas mesas,
colocadas nas ruas,
ou nas casas
(na nossa ou na tua ?)
que alimentavam a gulodice
por dias livres da mesmice.
Cadê São João,
sua música, seus foguetes
e folguedos passageiros
mas certeiros em seu enredo
de tantas emoções . . .
E eu fiquei tão triste,
e eu fiquei tão triste
porque São João não veio,
por que você não vem,
mais alegrar nossos corações ?!!!
Texto: Evandro Lobo – Jornalista e Poeta