Mais um embate vai ser deflagrado no primeiro domingo de outubro. São as eleições municipais, em que eleitores de todo país vão escolher os seus representantes nas câmaras de vereadores e os respectivos prefeitos das mais de 5 mil cidades.
Em Manaus, pelo menos 833 candidatos estão na corrida por 41 vagas na Câmara Municipal, distribuídos em 20 partidos e federações.
Na prefeitura são sete postulantes ao cargo, que vão disputar a atenção de mais de um milhão e 400 mil eleitores.
É mais uma etapa de uma disputa de egos, apegos (ao poder, à impunidade e ao próprio emprego), em que muitos prometem mas nem sabem se vão conseguir fazer o que pregam.
O importante é iludir para depois administrar as ilusões: as deles e as dos que o elegeram.
É claro que em todo esse universo há os que pensam, de alguma forma, ajudar a melhorar a vida das pessoas.
São poucos, mas existe os que verdadeiramente respeitam e dispõem do espírito público, preocupados com o bem comum.
Mas, se pensarmos bem, é uma missão difícil atender a todas mazelas do município.
Se vocês perceberem, quase todas as campanhas, em todos anos, em todos os níveis, se concentram em resolver sempre os mesmo problemas, tais como: o transporte público, a falta de água, luz, asfalto, atendimento médico e segurança.
Parece que nunca, nem ninguém, consegue tapar e consertar todas as ruas, nunca tem asfalto e estratégia suficientes para isso; comprar e usar ônibus bons e eficientes pra todos terem um sistema de transporte coletivo no mínimo decente e efetivo; ter um sistema de saúde perfeito e bem geridos, sem esperas, sem gritos, sem gemidos; colocar os guardas municipais vigiando escolas, hospitais, praças e locais públicos do município, 24 horas por dia, como a lei estabelece; além de água e luz para todos.
A cidade dos sonhos é difícil. O vereador sério e descomprometido é difícil encontrar.
O prefeito perfeito, igualmente. A política e suas dores e estertores.
E mesmo que o poder de escolher, definir, tirar e por seus representantes, o eleitor também não se sente contente ou convencido desta função.
Deixa-se levar por propostas, ideias e ideais sem precedentes, ou procedência, e ata-se apenas à previdência momentânea do voto, naquele momento.
Aliás, você lembra em quem votou na última eleição para vereador ou prefeito ?
Texto: Evando Lobo – Jornalista, Escritor e Poeta