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OPERAÇÃO XAPIRI COMBATE GARIMPO ILEGAL NA REGIÃO DO RIO MADEIRA

Forças ambientais e de segurança unem esforços para proteger terras indígenas e ribeirinhosDesde o dia 11 de março, a Operação Xapiri, coordenada pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o apoio da Polícia Militar Ambiental, tem intensificado ações contra o garimpo ilegal na região do Rio Madeira.

O nome “Xapiri” remete aos espíritos protetores da floresta, em referência à luta pela preservação ambiental e pelos direitos dos povos indígenas.

Entre os dias 11 e 15 de março, fiscais do Ibama realizaram um quantitativo expressivo de autos de apreensão e destruição de balsas ilegais utilizadas na exploração de ouro:

11/03 – 04 balsas destruídas

12/03 – 08 balsas destruídas

13/03 – 02 balsas destruídas

14/03 – 05 balsas destruídas

15/03 – 12 balsas destruídas

Grande parte dessas estruturas foi encontrada nas terras indígenas Setemã e Arary, áreas tradicionalmente ocupadas por povos originários que vêm sofrendo graves impactos devido à atividade garimpeira predatória.

Impactos do Garimpo IlegalA exploração de ouro na região do Rio Madeira tem causado prejuízos socioambientais severos.

O despejo indiscriminado de mercúrio contamina a água, comprometendo a saúde de ribeirinhos e comunidades indígenas, além de impactar a fauna e a flora locais.

Os danos incluem:

Poluição dos rios: O mercúrio utilizado no processo de extração do ouro envenena peixes e outros organismos aquáticos, afetando a principal fonte de alimentação e sustento das comunidades locais.Destruição de habitats:

O desmatamento e a movimentação de sedimentos alteram o curso dos rios, prejudicando a biodiversidade da Amazônia.

Ameaças e violência: A presença de garimpeiros ilegais gera conflitos com os povos indígenas, resultando em episódios de intimidação e violência.

Ação Planejada Desde DezembroA Operação Xapiri é fruto de longas reuniões estratégicas entre a FUNAI e o Ibama, que desde dezembro de 2024 trabalham na organização de ações para coibir a atividade garimpeira ilegal.

A missão tem como principais objetivos desarticular a mineração ilegal nas proximidades e dentro das terras indígenas, além de combater outros crimes ambientais que vêm sendo praticados na região.

A operação segue em andamento, sem data definida para ser encerrada. As forças envolvidas reforçam o compromisso com a preservação do meio ambiente e a proteção dos direitos dos povos indígenas, buscando garantir um futuro sustentável para as comunidades afetadas.

Segundo o Superintendente do IBAMA-AM, Joel Araújo, a ação tem como resultado a diminuição na poluição do Rio Madeira pelo mercúrio que prejudica a alimentação da população e o a avanço do garimpo para a terra indígena.

Fonte: IBAMA- AM

Foto: IBAMA – AM

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