Nesse dia 15 teremos mais um Dia Nacional do Homem, data criada para lembrá-los que devem tomar mais cuidados, fazer exames médicos preventivos, principalmente com relação ao coração, ao pênis e à próstata, que estão entre os cânceres que mais matam os seres de sexo masculino.
Aliás, homens trans e travestis devem ter os mesmos cuidados.
A celebração surgiu em 1985, por uma iniciativa de Mikhail Gorbachev, que buscou homenagear figuras importantes da história do seu país e logo foi se incorporando ao calendário de outros países, como Trinidad e Tobago, fundando o International Man Day (que é celebrado em novembro).
É claro que, a exemplo do DIA DA MULHER, o dia dedicado aos homens não vai ter homenagens, flores, presentes, chamadas publicitárias e movimentação do comércio e da mídia em torno da data.
Aliás, muita, mas muita gente mesmo, nem sabe que essa data existe, tanto em nível nacional ou internacional, ou por que existe. Até porque o foco é diferente e o tratamento, embora muitos neguem, também é diferente.
Para as mulheres a ideia de ter um dia especial é uma abordagem mais coletiva, a partir de uma luta política por direitos e espaço, e partir daí se estende para a importância incontestável delas na sociedade e na vida dos homens.
Já aos homens a data dá um destaque mais individual, de despertar de consciência que o homem deve ter sobre si e em relação aos outros homens e as mulheres. Pena que essa chamada de consciência sobre o dia e o Dia dos Homens não mereça o devido holofote, a devida discussão, debate, e até os próprios homens parem para perceber essa participação na sociedade; ou poucas mulheres procurem conversar com eles sobre essa participação, de ambos.
Enfim, individual ou coletivamente, o Dia do Homem é um momento para celebrar a masculinidade saudável e positiva, e promover o respeito mútuo e a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.
É uma data para reconhecer a importância de todos os indivíduos, e se autorreconhecerem em nossa sociedade, independentemente de seu gênero, e trabalhar juntos na construção de um mundo mais justo e inclusivo para todos.
Texto: Evandro Lobo – Jornalista e Poeta