MANAUS (AM) – O Hospital Universitário Getúlio Vargas, da Universidade Federal do Amazonas e vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HUGV-Ufam/Ebserh), inaugura amanhã (07) o Centro de Pesquisa Clínica e Inovação Tecnológica da Amazônia, um espaço destinado ao desenvolvimento de pesquisas clínicas, estudos observacionais, ensaios terapêuticos e tecnológicos, além de projetos de avaliação diagnóstica, preventiva e reabilitadora em diferentes áreas da saúde.
O centro, localizado no segundo andar da ala acadêmica do HUGV-Ufam/Ebserh, está preparado para receber estudos multicêntricos nacionais e internacionais, inclusive em fase avançada de testes clínicos. “A criação do centro foi idealizada para consolidar uma ambiência própria, segura e tecnicamente adequada à condução de pesquisas clínicas de alta qualidade na região amazônica, atendendo a exigências regulatórias nacionais e internacionais para o desenvolvimento de estudos clínicos em seres humanos”, explicou a gerente de Ensino e Pesquisa do Hospital, Roberta Lins Gonçalves.
Ainda de acordo com ela, o centro contará com um coordenador para desenvolvimento das pesquisas e uma equipe composta por enfermeiro, farmacêutico e técnico com horas dedicadas. Cada projeto de pesquisa clínica desenvolvido no local contará com um coordenador de projeto e um pesquisador principal, além da equipe de pesquisa. Embora não tenha sido inaugurado oficialmente, já há estudos em andamento no espaço.
A gestora explicou que pesquisa clínica é uma modalidade de investigação científica que busca avaliar de forma sistemática a segurança, a eficácia e a aplicabilidade de medicamentos, dispositivos, procedimentos ou condutas terapêuticas em seres humanos. “A pesquisa clínica é fundamental para a geração de evidências que sustentam práticas assistenciais baseadas na melhor ciência disponível”, afirmou, lembrando a importância dessa atividade no contexto amazônico, ao contribuir diretamente para a superação de desigualdades regionais em ciência, tecnologia e inovação em saúde.
Terapias inovadoras
“A pesquisa clínica representa, em muitos casos, uma possibilidade concreta de acesso a terapias inovadoras para pacientes que já esgotaram as opções de tratamento disponíveis no sistema convencional. Por meio desses estudos, os participantes podem ter acesso a medicamentos em fase de teste, com potencial terapêutico significativo, e a tratamentos recém-desenvolvidos, com maior eficácia, menor toxicidade e melhores resultados clínicos”, afirmou Roberta Gonçalves.
Ela explicou que isso é particularmente relevante em contextos como o da Amazônia, onde o acesso a terapias de ponta, muitas vezes, é limitado por questões logísticas, econômicas e estruturais. “Ao atuar como polo de referência no Norte do Brasil, o HUGV-Ufam/Ebserh contribui para descentralizar a produção científica de excelência, garantindo que as diversidades regional, étnica e epidemiológica da Amazônia estejam representadas nos grandes estudos que impactam as políticas públicas de saúde no país”, disse.
HUGV, o maior centro formador de especialistas da Amazônia Ocidental
Além disso, a existência de um centro dedicado à pesquisa clínica fortalece a formação técnico-científica dos residentes e estudantes com foco nos problemas de saúde da região, especialmente em doenças negligenciadas, saúde da população indígena e medicina tropical. O HUGV é hoje o maior centro formador de especialistas da Amazônia Ocidental, com 34 programas de residência médica e multiprofissional, sendo referência para os estados da Região Norte.
A criação do Centro de Pesquisa Clínica no HUGV-Ufam vai ao encontro da estratégia da Ebserh em apoiar a implantação e a consolidação de um ambiente favorável ao desenvolvimento em rede de pesquisa, inovação e avaliação de tecnologias em saúde.
“Essa iniciativa não apenas amplia a capacidade de produção científica da Ebserh como uma rede, atendendo às necessidades nacionais de saúde, mas também promove arealização de pesquisas que atendam às necessidades regionais, especialmente em áreas como doenças tropicais e saúde indígena”, afirmou.
A inauguração oficial das atividades está prevista para o dia 7, com a presença de representantes da Ebserh, dos gestores do HUGV-Ufam, além de docentes e pesquisadores da universidade, profissionais de saúde, residentes, gestores e integrantes da equipe técnica do hospital. O espaço é vinculado ao Setor de Gestão da Pesquisa e Inovação Tecnológica em Saúde e à Unidade de Gestão da Pesquisa, da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP), responsável pela articulação de infraestrutura, planejamento estratégico e governança institucional da pesquisa clínica no HUGV.
Sobre a Ebserh
O HUGV-Ufam faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
Fonte: Assessoria de comunicação
Foto: Divulgação
